E como tudo que é bom dura pouco, a 8ª Mostra do Centro
Cultural Jabaquara esta terminando. Dia 28, próximo domingo, é o último dia
para quem quiser aproveitar e ter contato com leitura de poesias, música, dança
e peça de ótima qualidade. Os 3 domingos anteriores foram muito bons, diversas
apresentações interessantes e diferentes uma das outras e, pra encerrar, este
domingo também promete e vem com cinco grupos, trazendo apresentações
distintas, confiram:
BANDO POÉTICO
Pessoal super do bem, que recita poesias de escritores, em sua
maioria vivos, também chamados Poetas Marginais (marginal não no sentido “ruim”
da palavra, mas sim como palavra usada para classificar o trabalho de artistas
independentes ou alternativos, ou que tenham uma arte que não se encaixa nos
padrões usuais de apresentação ou criação) e que levam a poesia a todos os
cantos; nas ruas, praças, bares e até no metrô. O Bando Poético abriu o
primeiro dia da 8ª Mostra, fazendo uma apresentação coletiva, onde foram
espalhados livros para que o público
pudesse ler, escolher um poema e também recitar. No 3º dia, enquanto não tinha
como dar início às apresentações por problemas com a iluminação, os integrantes
do Bando, mais uma vez, presentearam o público com suas irreverentes
interpretações de poemas. Bruno Marselha, que junto com Alex Jardim e Eduardo
Dias, formam o bando, nos contou um pouco sobre o grupo:
O
Bando Poético surgiu com a necessidade de trazer para mostra uma atração
poética. Somos três integrantes, mas é como digo; todos fazem parte, por isso o
nome de bando. A ideia é transmitir mensagens que possam muda a vida e até a
visão de vida de muitos. No caos de São Paulo, a palavra tem que fazer a
diferença sempre. E nesse último dia da Mostra, todas as atrações serão mágicas
e garanto que o Bando não será diferente. "Em cada olhar ou gesto, vejo
alegria e palavras de protesto." Esse é o Bando Poético. Axé!
CIA.
MASCARA
O grupo trás para a 8ª Mostra o espetáculo “Alma in Folclore”, confira
um resumo do que será a apresentação:
O
espetáculo “Alma in Folclore” é resultado de uma pesquisa baseada nas
necessidades no qual as sociedades ribeirinhas na região amazônica precisaram
para construir as suas narrativas míticas. A Obra está dividida em dois cantos:
O Boto e Uiara. No primeiro canto o espectador possui contato explícito com a
narrativa do homem que saia das águas, vestido branco e com objetivo de seduzir
as belas moças nas festas. Na madrugada o homem fugia para águas se
transformando em um boto cor de rosa. Implicitamente o grupo trabalha com a possibilidade
do grande número de índias grávidas sem pai, baseando em trechos da lenda
tradicional como: “as mães ficavam grávidas de filhos sem pai, e atiravam seus
filhos aos rios e os mesmos saiam nadando”. A hipótese que o processo traz é de
que as mães caboclas não ficavam grávidas de forasteiros em festas populares e
abandonadas atentavam contra sua vida e em poucos casos abandonavam as
crianças. O segundo canto traz a narrativa tradicional da Lenda da Sereia Yara,
a mais bela índia que vivia as margens de um rio cantando. A índia foi
surpreendida por um forasteiro que a violentou e jogou seu corpo no rio. O mito
já traz a discussão da violência cometida por forasteiros em algumas regiões no
Brasil.
A
trilha sonora é composta por obras dos folcloristas: Waldemar Henrique, Rildo
Hora e Heitor Vila Lobos, o texto é composto por poemas e pequenos diálogos
fundidos com cenas performáticas, a direção teatral é do historiador e
pesquisador Lucas Almeida da Silva e a concepção coreográfica de Rafael Edgar.
O processo também contou com a colaboração do ator e músico Rodrigo Dias nas
peças cantadas do processo.
MUCAMBOS
DE RAIZ NAGÔ
Grupo percussivo que, entre outros ritmos, toca o “Maracatu
de baque virado”, uma manifestação da cultura popular brasileira,
afrodescendente, que surgiu no estado de Pernambuco, no período escravocata. Os
Mucambos tem como objetivo disseminar essa parte musical da cultura brasileira
que, por vezes acaba sendo esquecida e que eles tocam com tambores, chamados de
alfaia, caixa, gonguê e mineiro. São muitas informações e ficaria complicado
colocar tudo aqui, então, para quem quiser conhecer um pouco mais sobre o
Maracutu de baque virado e sobre o grupo, acessem as páginas:
BANDA WHISKEY ON THE ROCKS
Assim como no segundo e terceiro dias da mostra, o
último domingo também terá uma banda se apresentando. Entramos em contato com
Jove Vallin, integrante da banda, que gentilmente nos passou algumas informações,
confiram:
“Whiskey On The
Rocks” foi formada em Abril de 2012, com a união de Geovane (Baixo), Otávio
(Bateria) e Lucas (Guitarra/Vocal). Durante pouco mais de um ano de existência,
a banda sofreu drásticas mudanças de estilo, passando de um Hard Rock pesado
para um som Groove, mesclando elementos de Blues com Rock n’ Roll.
Com a formação atual, Whiskey On The Rocks é o terceiro nome da banda, que começou como Whisk And Cigarettes e depois passou para Lipstick Blues. Não satisfeitos, adaptamos o primeiro nome e colocamos On The Rocks, que é um copo onde se serve Whisk, formando então Whiskey On The Rocks.
A banda segue procurando reconhecimento, influenciada por músicos/bandas como Stevie Ray Vaughan, Hendrix, Ted Nugent, Rory Gallagher, AC/DC, ZZ Top, entre outros.
No próximo domingo, dia 28, nós iremos tocar nove músicas, sendo duas de autoria própria e sete covers de bandas que nos influenciam e algumas de nosso gosto pessoal.
Com a formação atual, Whiskey On The Rocks é o terceiro nome da banda, que começou como Whisk And Cigarettes e depois passou para Lipstick Blues. Não satisfeitos, adaptamos o primeiro nome e colocamos On The Rocks, que é um copo onde se serve Whisk, formando então Whiskey On The Rocks.
A banda segue procurando reconhecimento, influenciada por músicos/bandas como Stevie Ray Vaughan, Hendrix, Ted Nugent, Rory Gallagher, AC/DC, ZZ Top, entre outros.
No próximo domingo, dia 28, nós iremos tocar nove músicas, sendo duas de autoria própria e sete covers de bandas que nos influenciam e algumas de nosso gosto pessoal.
Para quem tiver interessante em conhecer melhor o
trabalho desta banda, curtam WHISKEY ON THE ROCKS no facebook.
CIA
TEATRAL UM PEIXE
E fechando a Mostra deste ano com chave de ouro,
será apresentado o premiado espetáculo “Viagem ao fundo da cartola” da Cia
Teatral “Um Peixe”. Fizemos duas perguntas para o diretor do espetáculo, André
Domicciano, sobre o grupo e sobre a história da peça e ele, muito simpático,
nos respondeu:
André Domicciano: A Cia. Teatral Um Peixe surgiu em 2006 e, desde sua
fundação, dedica-se à pesquisa em torno da teatralidade circense.
Resumidamente, somos um grupo de pesquisa e desenvolvimento de técnicas e
estéticas para circo-teatro. Atualmente, o grupo conta com 20 integrantes, cada
qual pertencente a um núcleo de trabalho (cenografia, figurino, maquiagem,
iluminação, sonoplastia, audiovisual, produção e administração) seguindo a
máxima circense que diz que "todo mundo faz tudo".
AODC Notícias:
Conte-nos um pouco mais sobre o espetáculo que será apresentado na 8ª Mostra do
Centro Cultural Jabaquara.
André
Domicciano: O espetáculo "viagem ao fundo da cartola" é o segundo
infantil e a quarta peça do grupo, sendo produto do nosso núcleo de teatro
experimental, que preza a criação coletiva e a inovação dentro da linguagem
circense. O texto é idealização de Plínio Garcia e Rafael Garcia, que compõem o
elenco juntamente comigo, que também assino a direção. No espetáculo, vemos a
história de dois aprendizes de mágico que caem acidentalmente dentro de uma
cartola. Na tentativa de voltar para casa, eles se deparam com um mundo mágico
e com um habitante da cartola, sendo obrigados a resolver diversas
situações-problema através de técnicas da comicidade circense. Apenas uma regra
prevalece: é proibido falar. Tudo isso conduzido pelas brilhantes composições
dos músicos Biel Oliveira (violão), Lene Duarte (violoncelo) e Ricardo Schunemann
(banjo e percussão), que também assina a direção musical. Completam o quadro os
belos figurinos do professor da ECA/USP, Rafael Rios, e a premiada maquiagem de
Carmem Garcia, fazendo de "Viagem ao Fundo da Cartola" um dos
espetáculos mais premiados do grupo.
Quer conhecer melhor a Cia. “Um Peixe”? Não deixe de curtir a página do
pessoal:
Ótimas apresentações, não é mesmo? Então anote ai
os horários de cada uma delas e programe-se para este próximo domingo:
28/07/2013
14:00 - Bando Poético
14:30 - Espetáculo “Alma in Folclore” - 60 min – Cia. Máscara (Movimento de iniciação artística)
15:30 - Maracatu de Baque Virado - 60 min – Mucambos de Raiz Nagô
16:30 - Bando Poético
17:00 - Banda Whiskey On The Rocks - 60 mim
18:00 - Espetáculo “Viagem ao Fundo da Cartola” - 55min – Cia. Teatral Um Peixe
14:30 - Espetáculo “Alma in Folclore” - 60 min – Cia. Máscara (Movimento de iniciação artística)
15:30 - Maracatu de Baque Virado - 60 min – Mucambos de Raiz Nagô
16:30 - Bando Poético
17:00 - Banda Whiskey On The Rocks - 60 mim
18:00 - Espetáculo “Viagem ao Fundo da Cartola” - 55min – Cia. Teatral Um Peixe
E para você que não foi nos domingos anteriores (seja por
falta de tempo, por outros compromissos ou por preguiça) esta é a última
oportunidade de fazer um programa divertido, cultural e de conteúdo. Se perder
este domingo também, outra agora só no ano que vem. Pra que esperar tanto,
deixe a preguiça de lado, arranje um tempinho, desmarque o futebol ou o passeio
no shopping e venha ter uma tarde produtiva no Centro Cultural Jabaquara, beleza?!
Endereço: Rua Arsênio Tavolieri, 45 - Jabaquara
- São Paulo - SP
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