31/10/2014

"Libras": Você sabe o que é?

Por Pamela Gomes

"Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. 
Não sou. Sou surda. 
Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, 
Meus olhos são meus ouvidos. 
Sinceramente nada me falta.
É a sociedade que me torna excepcional..." 
(“Vôo da gaivota” - Emmanuelle Laborrit )


Se eu disser a palavra “Libras” o que te vem na cabeça? Signo? Moeda?
OK. Bem compreensivo se você não conhece a Língua Brasileira de Sinais “LIBRAS”. Vamos entender um pouquinho desse universo:


A Língua de Sinais (LS) é a língua natural das comunidades surdas, pois é através dela que surdos se comunicam entre si e com pessoas que já aprenderam a interpretá-la.
Muitos, ao verem surdos e mudos se comunicando, acham que estão se utilizando de gestos aleatórios e mimicas mas, estão completamente enganados, pois a língua de sinais tem sim sua própria estrutura gramatical, não basta apenas saber os sinais, e sim sua gramática,  para que se possa combinar as frases e estabelecer a comunicação.
A língua de sinais não é universal. 

Isso mesmo, em cada lugar do mundo ela muda, são usados sinais diferentes, mas que podem ser interpretados e entendidos por quem não é da localidade, assim como quem sabe pouco do inglês mas “se vira” nos EUA. 



Siglas da Língua de Sinais em outros países


O que difere a língua de sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial, ou seja, os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são realizados.  A mesma formação das mãos feita em lugar diferente no espaço ou do corpo adquire outro sentido. Assim como na língua oral possui significados diferentes para a mesma palavra em regiões diferentes do Brasil na Libras isso também ocorre.

Acho fascinante essa língua e o convívio com pessoas surdas me mostrou que os limitados somos nós, pois para eles a vida não tem limites.


Fontes: 


Pamela Gomes é formada em Produção Multimídia, trabalha com edição fotográfica e de vídeo, estudante da Oficina de Teatro do grupo “A ordem do Caos” desde 2013. 







26/10/2014

Estilo versos Moda - Compreenda



Por Lígia Mendes


Estilo é a marca registrada do seu eu pessoal, o que te torna uma pessoa única, em que a moda não pode corromper. E esta última ação, quem decide é você mesmo.

A moda teve sua origem na idade média quando a população rica tinha seus próprios modelos de vestimentas que eram imitados pelas outras classes sociais inferiores mesmo com tecidos muito baratos e mal reproduzidos. Outrora eram apenas vestimentas aos quais as pessoas usavam com o intuito de não ficar nus e não passarem frio. Partindo deste fato histórico a moda com toda sua trajetória e evolução criativa e tecnológica trouxe o império de um efêmero. Mudanças em velocidades muito rápidas de tendências e novas imposições.

Deste modo, lembro que a moda faz o seu papel universal de trazer tendências, novas criações, e novas movimentações econômicas ao mundo todavia é muito importante que você entenda que a moda não é para todos. A moda só se aplica a você quando condiz com seu estilo e tipo de corpo. Caso contrário a moda deixa o seu valor estético e criativo quando é utilizado de encontro ao biotipo de intuito inicial.
Estilo não é o que você veste simplesmente. É uma união de fatos que fazem você uma pessoa especial. Conheça isto e respeite. O estilo é o seu jeito de andar, de falar, de agir, de se vestir ou mesmo a forma de como você mexe no seu cabelo. Para observar seu biotipo analise seu tipo de tronco, pernas, peso, pele e verifique quais os melhores cortes e cores que se encaixam melhor em você.

A moda é uma proposta da indústria. O estilo é uma escolha pessoal.

Recomendo que você acompanhe as dicas de Glória Kalil caso você tenha dúvidas sobre os aspectos abordados acima. E, para conhecer as análises de alguns tipos de corpo e quais as peças ideiais a usar, acesse http://ligiamendescm.blogspot.com.br/ e verifique os primeiros artigos publicados.


Até o próximo artigo!



- Sem consulta a bibliografias



Ligia Mendes é modelo, técnica em administração e  design de moda no SENAC, está cursando administração na Universidade Ítalo Brasileira e colabora com o AODC Notícias quinzenalmente às sextas-feiras, com matérias sobre moda e beleza.

25/10/2014

Selva de Pedra

Por Beatriz Xavier



Abre-se a porteira, sai à boiada. 
Os animais estouram, transbordam pelas beiradas, 
desesperados pela liberdade.


O primeiro boi, muito bonito por sinal, tem seus óculos arremessados ao chão.
O que seria os óculos? Um bem material que ajuda os olhos a verem o verdadeiro mundo? Mas até quando a visão fornecida por esse interessante invento é verdadeira? Até quando a visão de nossos olhos é verdadeira?

Estação da Luz


Pense, quantas coisas deixamos de ver, pois usamos um par de invisíveis óculos, um óculo cultural/social que nos ensina como devemos enxergar! Se vemos o azul do céu é porque o céu nos foi apresentado azul, mas na realidade, jamais saberemos a sua verdadeira cor.


Portanto, o que a boiada pisoteava constantemente, ignorando os lamentos do boi, era apenas um par de óculos que ficava por cima de outro.



Fonte da imagem: Estação da Luz


Beatriz Xavier (Bia), 20 anos, é estudante de Licenciatura em Letras no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Desde os doze anos de idade tinha certeza que seria escritora, hoje não possui mais tanta certeza, porém esse sonho ainda reina em seu mundinho. Escreve quinzenalmente aos sábados crônicas para o AODC Notícias.

20/10/2014

Sem água uma cidade não pode sobreviver


Por Talita Araújo



Anne Whiston Spirn
Hoje quero falar de um assunto que há alguns meses é o principal comentado nas conversas de ponto de ônibus, escritório, boteco, escola, faculdade, casa, igreja, praças... A falta de água.
O livro “O jardim de granito” de Anne Whiston Spirn, tem um capítulo inteiro dedicado ao bem maior da humanidade: Água. Neste livro, é abordado desde o desperdício até sistemas de drenagem eficazes. Percebe-se que o Brasil é um país que tem a água como parte de sua cultura. Não somente como uma ferramenta para a sobrevivência, nosso hábito de tomar banho, muitos banhos e, acima de tudo, cultural. Por fazer parte de nossa cultura e termos em “abundância” acabamos por só nos preocupar com a falta dela, quando ela falta mesmo. Esquecemo-nos de prevenir, preservar e quando ela falta, traz drásticas medidas como as experimentadas por São Paulo nestes últimos meses.


Um exemplo de desperdício que temos e que a autora cita no livro, é a irrigação de jardins com água potável. Existem casas novas, que possuem seu sistema de drenagem e captação da chuva para a irrigação de jardins, mas assim como na nossa cultura a água é tão importante, a sua preservação não deveria ser algo novo ou inovador. Além disso, lavar calçada com mangueira, como temos visto menos nestes últimos dias, também expressa essa cultura de que só está limpo quando está molhado.

(Uberlândia, Minas Gerais- Próximo a Prefeitura Municipal e a Universidade Federal de Uberlândia- 
Beco da Canela Bar. Foto tirada em 10/10/2014 – por Talita Araújo)

(Uberlândia, Minas Gerais- Próximo a Prefeitura Municipal e a Universidade Federal de Uberlândia- 
Beco da Canela Bar. Foto tirada em 10/10/2014 – por Talita Araújo)



A Coreia do Sul, com o rio Han, é um dos maiores exemplos de cuidado com a água e com a consciência ecológica: Foi revitalizado e, além de abastecer a cidade, se tornou um parque no meio da cidade.


RIO HAN



RIO HAN


Banpo Bridge


Se você quer ter água também, denuncie os desperdícios. Mas acima de tudo não desperdice. Nós não somos as vítimas da falta da água, nós somos os culpados.

Sabesp (SP): 181 (Disque denúncia em parceria com a Sabesp)
DMAE (Udia –MG) 0800 940 7272 - 3233-4611

Utilize as redes sociais também.
Abraço econômico.



Fontes:




Talita Araújo cursa Arquitetura e Urbanismo, perfeccionista e amante das artes. Escreve quinzenalmente aos domingos para o AODC notícias.

13/10/2014

A TV nos anos 1990

Por Gi Olmedo

Ontem, 12 de outubro, foi comemorado o Dia das Crianças. Eu nasci em 1984 e, ainda nesse clima infantil, lembrei-me de diversos fatos que marcaram a década de 1990. Olha, bateu uma imensa saudade daquele tempo! Quem também é daquela época teve a oportunidade de passar pela transformação/evolução da tecnologia e deve se recordar que, além das deliciosas brincadeiras de rua, tarefas de casa e a rotina de ir à escola, muito do nosso tempo era gasto em frente à televisão. Ela foi companheira de várias crianças e referência de entretenimento e aprendizado para muitos de nós naquele período. 

Pensando sobre os programas infantis que fizeram história na década de 90, a TV Cultura foi, de longe, o canal mais assistido e o que mais marcou aquela geração. A Rede Globo e o SBT também apostaram muito na faixa etária, com apresentadoras como Xuxa e Angélica e desenhos animados em sua grade. Ainda, não há como não se lembrar da saudosa TV Manchete, que trouxe para o país a cultura dos desenhos japoneses, os chamados animes, que tinham programas próprios e chegaram a ocupar toda a programação das tardes da emissora. 

Separei alguns desses programas que, com certeza, jamais sairão da mente dos adultos que eram crianças naquela época. Curta a nostalgia e divirta-se!

Rá-Tim-Bum

O primeiro desta lista é o que mais me marcou no começo da minha idade escolar: o Rá-Tim-Bum possuía personagens como o detetive atrapalhado Máscara, o Professor Tibúrcio, a cobra Ssssssilvia e a pequena Nina, que por meio do lúdico traziam noções das matérias básicas do ensino fundamental, além de reforçarem assuntos como higiene, ecologia e cidadania. O programa teve 192 episódios e foi produzido entre 1990 e 1992, sendo reprisado por muitos anos pela Tv Cultura


Mundo da Lua

O imaginário infantil na TV. Por meio desta premissa, milhares de crianças se identificaram com Lucas Silva e Silva, um garoto de dez anos interpretado por Luciano Amaral. O menino foi presenteado pelo avô com um gravador e, conforme ia passando por problemas típicos de sua idade, decidiu fazer do regalo um diário de bordo, no qual criava e narrava histórias em cima das situações vivenciadas com sua família e amigos. "Alô, alô, Planeta Terra Chamando", era o bordão com que sempre iniciava suas gravações. A série também contava com grandes nomes da TV, como Antonio Fagundes e Gianfrancesco Guarnieri.
O programa foi produzido entre 1991 e 1993, também tendo sido reprisado por vários anos. Ainda hoje é possível revê-lo no canal por assinatura TV Rá Tim Bum, em diversos horários.


Castelo Rá-Tim-Bum

As aventuras de Nino, um menino feiticeiro de 300 anos, e seus amigos Pedro, Zeca e Biba divertiram crianças e adolescentes entre 1994 e 1997 na tela da TV Cultura. A série foi de uma importância tão grande para a época devido às suas histórias, cenários e personagens que, hoje, comemorando 20 anos de sua primeira exibição, conta com uma exposição no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, superlotando o local tamanha a quantidade de fãs do programa. Sobre o Castelo, seu enredo e personagens, confira um pouco mais neste post da Jaq Latine, aqui mesmo no AODC Notícias.


TV Colosso

Essa é pra "garotada" que estudava à tarde e acordava cedo só pra ver aquela turminha de bonecos caracterizados como cães que administrava uma emissora, a TV Colosso. Priscila, Gilmar, Capachão e tantos outros cães faziam da manhã muito mais alegre com suas trapalhadas e diversos desenhos animados. O programa infantil durou de 1993 a 1997 e foi exibido pela Rede Globo


Glub Glub

Lembro que eu ficava fascinada e tentava entender como aqueles humanos se fantasiavam de peixe e iam pro mar gravar o programa, hahahahaha! Carlos Moreno e Gisela Arantes davam vida aos peixes Glub e Glub, que encontraram uma televisão no fundo do oceano transmitindo desenhos super educativos, sendo inspirados a dar dicas e lições de moral importantíssimas para a formação dos seus pequenos espectadores. Anos mais tarde, a carangueja Carol (Andréa Pozzi) também se juntou à dupla. A TV Cultura levou o programa ao ar de 1991 a 1999.


Disney Cruj

"Cruj, Cruj, Cruj, Tchau!!"
Durante a semana, sempre ao final da tarde, entrava no ar a turma de Caju, Macaco, Chiclé, Maluca, Pipoca e Rico. Disney CRUJ foi produzido pela Disney em parceria com o SBT, de 1997 a 2003, tendo passado por diversas reformulações neste período, inclusive com mudança de nome. Foi um dos principais programas infantis do final da década de 90. Seu enredo mostrava uma tv “ilegal” transmitida por crianças, os chamados ultra-jovens, que falavam sobre suas aventuras e apresentavam desenhos animados da própria Disney. Acabou saindo do ar devido às diversas reformulações da grade do canal de Silvio Santos.


Animes da TV Manchete

No final da década de 80 a TV Manchete trouxe os heróis japoneses para o ocidente, nas figuras de Jaspion e Changerman, entre outros. Nos anos 1990, a emissora dedicou horas e mais horas de sua programação vespertina com a então febre oriental: os animes. Yuyu Hakusho, Cavaleiros do Zodíaco, Shurato, Sailor Moon e Samurai Warriors foram os precursores do estilo no país, ajudando a formar inúmeros fãs de anime pelo Brasil. O desenho japonês até hoje é paixão de vários adultos que eram pequeninos naquela época, ultrapassando as barreiras de idade e fazendo aficcionados pelo todo mundo.


Gi Olmedo é jornalista e atua na área editorial, como revisora e preparadora de textos. Ela escreve para o blog AODC Notícias quinzenalmente, sempre às segundas-feiras.

11/10/2014

Transporte Público

Por Beatriz Xavier


Levantou relutante, mas não possuía opção. Fulana, como tantas outras, lutava todos os dias para não ir trabalhar. Não que o trabalho fosse ruim, muito pelo contrário, amava a profissão que escolheu, amava mais ainda as pessoas que com ela dividia aquele aconchegante espaço.



Fulana, sim Fulana. Morria um pouco quando levantava da cama. Morria um pouco quando no meio da rua, ao lado de um palito de dente gigante – de coloração amarelada – estendia o braço para dar sinal ao nada. Lotação.

Espremida, seguia sufocada, morria ali mais uma vez. Subia as escadas de degraus separados a passos largos, mais um dia, e novamente as escadarias que levariam ao céu estavam com suas esteiras quebradas. Morria Fulana mais uma vez.

Morria quando entrava na estranha minhoca recheada de vermes que se espremiam sem nenhuma educação, empurravam, urravam, falavam uns com os outros de maneira ensurdecedora. Morria, morria. Morria mais um pouco e lutava para não morrer!

Saia, empurrada, como um almoço mal digerido pelas laterais da cruel minhoca, seguia para outra e outra, e outra. Até enfim chegar ao trabalho.

Quando passa a porta, morre. Morre Fulana. Morre exausta, pensa “se eu morasse perto, se perto de mim tivesse trabalho, se perto de mim eu pudesse existir, se existir pudesse perto de mim”. E morre, morre Fulana. Morre esperança, morre futuro, morre Fulana, até que um dia morre de verdade e se torna verme. Verme espremido no interior de uma minhoca.

imagens:http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2014/02/metrosp_lotado.jpg
http://img.estadao.com.br/fotos/5D/1A/3E/5D1A3E08727F499A92054E47A731BC70.jpg

Beatriz Xavier (Bia), 20 anos, é estudante de Licenciatura em Letras no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Desde os doze anos de idade tinha certeza que seria escritora, hoje não possui mais tanta certeza, porém esse sonho ainda reina em seu mundinho. Escreve quinzenalmente aos sábados crônicas para o AODC Notícias.

08/10/2014

Castelo Ra-Tim-Bum: 20 anos!

Por Jaq Latine


"Bum Bum Bum... Castelo Ra Tim Bum...”.
"Bum Bum Bum... Castelo Ra Tim Bum...”.

Se você leu "cantando" esta primeira frase e lembra de frases, como estas:

“Plift, ploft, still, a porta se abriu!”
“Porque sim não é resposta”
“To chegando, to chegando, cheguei”
“Morcego, ratazana, baratinha e companhia, está na hora da... feitiçaria!".
“Lava uma, Lava outra (mão), Lava uma... A doença vai embora junto com a sujeira
Verme, Bactéria, mando embora embaixo da torneira.”
“Lá vem o Tíbio e o Perônio.”

Parabéns! Você teve uma infância feliz!
E como estamos próximos do dia das crianças, nada melhor do que relembrar um programa que marcou a infância de muitas crianças, hoje adultos, que ainda tem vivo na memória as lembranças de personagens, histórias e músicas de um dos melhores programas educacionais da TV brasileira.

Castelo Ra-Tim-Bum foi um programa infanto-juvenil que estreou na TV Cultura em maio de 1994 e exibido até 1997 (com reprises no passar dos anos), criado por Cao Hamburger e Flávio de Souza e que agora, em 2014, completa 20 anos de existência.
Um programa “encantadoramente” diferente; um castelo no meio de uma cidade, que tem como habitantes uma família de feiticeiros: um menino de 300 anos, seu tio cientista e sua tia-avó de 6000 anos, além de outros habitantes nada “comuns”: uma cobra rosa, que fala e mora dentro de uma árvore, que fica dentro – e no meio - do Castelo; um gato que adora ler e toma conta da biblioteca, onde tem um livro com poemas; um monstro roxo e seu parceiro que vivem nos encanamentos e curtem trava-linguas; um par de botas que falam rimando; duas fadinhas que moram no lustre da sala; passarinhos cantores que mostram instrumentos musicais, entre outros, que recebem a visita de três crianças curiosas, que descobrem o castelo por acaso, além de outros visitantes como um entregador de pizza dançarino, uma repórter charmosa, um alienígena atrapalhado, uma personagem do folclore brasileiro e um corretor imobiliário que deseja comprar o Castelo para demolir e construir um prédio de 100 andares no local. A “magia” já começava a acontecer na abertura do programa: partes do Castelo surgindo do nada, num verdadeiro “passe de mágica”! Inesquecível.

O destaque do Castelo Ra-Tim-Bum era que, com suas histórias diárias, passava diversas mensagens educativas, ensinando com diversão. Era um programa que prendia a atenção das crianças; muito colorido, muitas músicas, histórias simples, sem ser cansativo. 
E eu poderia ficar aqui escrevendo, sem parar, sobre Castelo Ra-Tim-Bum, pois acompanhei do primeiro ao ultimo episódio, sem perder um, aprendi muito com cada episódio, lembro-me de praticamente todos, mas é algo que emociona tanto, que fica difícil expressar o quão mágico, o que especial foi este programa, em palavras.

Encontrei uma entrevista feita há 2anos, em homenagem aos 18 anos do Castelo, com os diretores e alguns atores que trabalharam na produção. Uma entrevista ótima, onde são relatadas muitas curiosidades sobre os bastidores do programa. Vale a pena assistir:



E em comemoração aos 20 anos, o MIS (Museu da Imagem e do Som) trouxe este ano a Exposição“Castelo Ra-Tim-Bum”, onde o visitante pode “entrar” dentro do Castelo, ver os cenários, os figurinos dos personagens e os bonecos da série. Um presente para a geração que cresceu assistindo e aprendendo com este programa. Começou em julho e teve sua data prolongada até o dia 16 de novembro, devido a enorme quantidade de público. 
Se você ainda não foi, corra, ainda tem um mês para não perder essa oportunidade de se sentir dentro do Castelo Ra-Tim-Bum! 


Fotos da Exposição feitas por Daniel Ferreira
Fotos da Exposição feitas por Daniel Ferreira


No canal “Castelo Ra-tim-bum”, você encontra vários vídeos, como alguns episódios do programa. Vale - e muito - dar uma "fuçada" por lá e rever episódios que, com certeza, também foram importantes e marcaram a sua infância! 




Jaq Latine é Desenhista Projetista. Tem formação técnica em Design de Interiores e Edificações. Estuda Astronomia Amadora. Fascinada por ciências no geral, filosofia, desenhos, música e animais. E é também estudante da Oficina Teatral do grupo A Ordem do Caos desde 2013. Escreve as quartas-feiras para o blog AODC Notícias.



05/10/2014

Crônicas: Evaporar

Por Talita Araújo



Uma professora da disciplina de Língua Portuguesa chega para os seus alunos do ensino médio e introduz o conteúdo da literatura. A primeira frase foi como uma frase solta, sem conexão, porem a frase pousou sobre a mente de Maria: " A palavra escrita é eternizada."


A partir daquela frase Maria pensou, teve mais cuidado ao escrever pois não queria que sua letra e seus pensamentos fossem motivo de riso aos que viessem depois. Queria que seus versos, suas canções, seus desenhos e palavras permanecessem de forma inteira e consistente.


Maria, mais velha, começou a não pensar mais sobre o conteúdo de suas palavras. Sua preocupação agora era quanto ao tempo que não possuía para escrevê-las. As palavras de outrora que já estão eternizadas, são passado. As palavras do futuro que ainda serão eternizadas, serão passado. Apesar de passar, mudar e correr, o tempo permanece intacto e estático: " Ainda temos 24h no dia, mas hoje tenho muito mais coisas, quanto mais eu tenho, menos tempo eu tenho. O tempo parece evaporar. Mas e as palavras que não serão escritas?"



Talita Araújo cursa Arquitetura e Urbanismo, perfeccionista e amante das artes. Escreve quinzenalmente aos domingos para o AODC notícias.

Cacareco para vereador

Por Pamela Gomes
Outubro chegou... 
Com ele a primavera, o desespero que o ano está acabando e, é claro, as eleições.
E hoje trago uma curiosidade sobre algo que aconteceu nas eleições em 1959.

Será que você sabia que o vereador eleito não oficialmente chamava-se Cacareco?

Pois é, Cacareco foi um rinoceronte que emprestado do Rio de Janeiro veio para São Paulo para a inauguração do zoológico. Um jornalista brincou com a ideia de “Cacareco para vereador” e, como a insatisfação dos candidatos não vem de hoje, muitos eleitores escreveram nas cédulas eleitorais (as quais na época era marcada com caneta) o nome do rinoceronte que espantosamente teve mais de 90 mil votos.

Rapidamente as autoridades de São Paulo encaminharam o “forte” candidato novamente para o Rio de Janeiro.


E domingo está chegando, não vamos deixar nenhum “Cacareco” ser eleito.
Vote consciente.  

Fonte: Girafamania.com
Pamela Gomes é formada em Produção Multimídia, trabalha com edição fotográfica e de vídeo, estudante da Oficina de Teatro do grupo “A ordem do Caos” desde 2013. 

Instagram

>

Não deixe de conferir:

Oficina Teatral 2022 - CEU PQ Bristol

Depois de muito tempo parados por conta da pandemia de Covid-19, finalmente estamos de volta com a oficina teatral gratuita. Agora em um no...