11/05/2013

Meu Amigo, Caio Fernando Abreu


Por Denise Koszegi 

É loucura eu sei, mas é verdade !  Como descrevi no  título, quando ficamos sozinhos criando,  escrevendo e pensando na  vida. Nos apoiamos em coisas que faz muito sentido e que parece que está sendo real, mas isso é viver com a ilusão.  Eu  vivo com  essa fantasia,  Caio foi e sempre será um grande escritos,pois  apesar disse ele expressa sentimento  e suas obras são transparentes e  verdadeiras . Por isso, que em meio a minha  solidão e meu momento de “escritora” começo com a primeira frase  "O dia parece tão cinzento que não resiste à tentação de escrever um poema. Bem curtinho, bem feliz. Entre lá e cá, girando e girando sem parar, feito louca. A Terra também não resiste. De puro gosto, fica ainda mais azul – você viu?"  .
Mas deixemos minha  história, o amor e a tristeza e solidão. E vamos a esse grande homem...

Um pouco sobre Caio Fernando Loureiro de Abreu.

Nasceu em 12/09/1948, em Santiago, RS. Jornalista e escritor,reconhecido como um dos expoentes de sua geração. Ainda jovem foi morar em Porto Alegre, onde cursou Letras e Arte Dramática na UFRGS, mas abandonou tudo para ser jornalista. Trabalhou nas revistas Nova, Manchete, Veja e Pop, foi editor da revista Leia Livros e colaborou em diversos jornais: Correio do Povo, Zero Hora, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo. Seu primeiro livro de contos –Inventário do irremediável (Movimento, 1970) – ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores. O segundo foi um romance – Limite branco (Expressão e Cultura, 1971) – e já teve três edições em diferentes editoras.    Seu estilo é econômico e bem pessoal, fala de sexo,  medo, morte  e, principalmente, de angustia  e solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".

 Em 1968 sofreu uma perseguição pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e se refugiou no sítio de Hilda Hilst, com quem manteve uma longa e sincera amizade. Em 1973, em plena ditadura, fez como muitos jovens, “sartou” do país; viajou para a Europa. Primeiro andou pela Espanha, transferiu-se para Estocolmo, depois Amsterdã, Paris e Londres, Retornou a Porto Alegre, em fins de 1974, com os cabelos pintados de vermelho, brincos imensos nas duas orelhas e se vestia com batas de veludo cobertas de pequenos espelhos.

 Em 1978 transferiu-se para São Paulo; em 1983 passou a residir no Rio de Janeiro e em 1985 retorna a São Paulo. Recebeu vários prêmios, entre eles o Jabuti pelo romance Triângulo das águas. Seu livro de contos Morangos mofados (1982) marcou uma geração ao ser lançado na coleção Cantadas Literárias, da Editora Brasiliense, tornando-se um dos maiores sucessos editoriais da década de 1980. Vários de seus livros estão traduzidos na Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Holanda. Em setembro de 1994, ao saber-se portador do vírus da AIDS, retorna a Porto Alegre e passa a viver com os pais no bairro Menino Deus. Costumava dizer que  “Moro no Menino Deus, do qual Porto Alegre é apenas o que há em volta”. Em 1995 é incluído na antologia de The Penguim  Book of International Gay Writing, com o conto Linda, uma história horrível. Lygia Fagundes Telles chamava-o de “escritor da paixão”. Outros destaques de sua obra: O ovo apunhalado (Globo, 1975), Triângulo das águas (Nova Fronteira, 1983), Os dragões não conhecem o paraíso (Companhia das Letras, 1988), Onde andará Dulce Veiga? (Companhia das Letras, 1990), Ovelhas negras (Sulina, 1995), Estranhos estrangeiros (Companhia das Letras, 1996). Faleceu em 25/02/1996.




Denise Koszegi  é Estudante da Oficina de Teatro 2013, do grupo A Ordem do Caos.  E colabora  com o AODC Notícias todos os sábados.


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