08/07/2014

Descomplicando a Meditação

Por Liliane Ribeiro


Muitos ainda pensam que meditar é só “coisa” de monge religioso, de pessoas totalmente Zens ou bem alternativas, mas o fato é que a meditação não é tão complicada quanto parece e pode ser bem mais simples do que você imagina.

A meditação foi se tornando mais popular pelos pesquisadores no ocidente depois dos anos 60, mas é claro que ela existe a milhares e milhares de anos no qual é associada a filosofias como yoga e o budismo. Levando em consideração que os primeiros registros de yoga foram feitos em 200 a.C (mas começou bem antes que isso), a meditação aqui no ocidente esta apenas engatinhando e ainda tem muitos frutos para gerar e contribuir para a evolução da consciência humana.

Ok ! Mas o que seria exatamente a meditação?
Existe vários tipo de meditação, mas no geral o intuito é a auto-regulação do corpo humano usando técnicas que mantêm o foco e a concentração. Para isso, durante a meditação, deve-se utilizar de um recurso chamado âncora (sons, movimentos, respiração, imagem, entre outros). O objetivo é se “isolar” de qualquer outra interferência do ambiente que não seja a âncora escolhida, e o principal é não fazer nenhum julgamento perante pensamentos e interferências do ambiente que forem surgindo, apenas observá-los.

Porque a meditação é sempre associada à Religião? Preciso seguir uma para meditar?
Bom, ela veio do oriente certo?! E lá a fé não anda separada da razão, como é feito aqui no ocidente. E é associada sempre dentro de algumas religiões como: Islamismo, judaísmos, taoismo, xamanismo onde são utilizadas algumas técnicas de meditação. A boa notícia é que para fazer uma prática não é necessário seguir nenhuma delas, caso não seja do seu interesse se aprofundar em técnicas específicas. As técnicas como Mindfulness, concentração, vipassana são exemplos de meditações que não são vinculadas a religião.

O que acontece no corpo quando é feita a meditação? Faz bem a saúde?
São essas as respostas que buscam os cientistas na atualidade e muito já foi esclarecido. Apesar da atenção e concentração, o corpo entra um estado de reparação semelhante ao sono, a necessidade de oxigênio e produção de gás carbônico é reduzida, diversas outras funções também diminuindo a produção de substancias que causariam o estresse e ansiedade. Outras pesquisam revelam que meditadores experientes tendem a pensar de maneira positiva e tem uma melhor capacidade de controlar suas emoções.  Também ocorre a produção de substancias que geram sensação de bem estar que agem como “calmantes” naturais, reduzem a dor, aumentam a alegria e melhor:  impedem o envelhecimento!

Como faço para meditar?

  1. Sente-se de uma maneira bem confortável, utilize almofadas e até cobertores para apoio das pernas. 
  2. Use a respiração como âncora
  3. Apenas observe sua respiraçãoDica: Fique atenta a temperatura do ar, como ele entrar e sai das narinas, se ele encosta-se à pele, as partes do corpo que se movimento durante a inspiração e expiração.
  4. Abstenha o julgamento: não mergulhe na distração.  A mente pregará várias peças impedindo a continuidade da pratica, quando perceber que se esqueceu da respiração retome novamente.
  5. Estabeleça metas: Inicie com 5 minutos e a cada semana de prática tente aumentar o seu tempo
  6. Construa um diário: Anote as percepções, as diferentes sensações, padrões de pensamento.

O ideal seria a prática de 2 vezes por dia,  mas para começar 1 vez ao dia é o suficiente =D

Frase inspiradora!
“ Dominar a si próprio é uma vitória maior do que vencer a milhares em uma batalha” – (Sakyamuni)

Vamos praticar!!!


Referências:
Danucalov, Marcello Árias Dias & Simões, Roberto Serafim (2006). Neurofisiologia da meditação. São Paulo: Phorte.
Institute, Mind & Life. (2010). Education, Developmental Neuroscience and Contemplative Practices: Questions, Challenges, and Opportunities.  Recuperado: 06 jul 2014. Disponível:http://www.mindandlife.org/pdfs/sri_conference_brochure_2010.pdf 
Levine, Marvin (2000). The positive psychology of buddhism and yoga: Paths to a mature happiness. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Menezes, Carolina Baptista, Fiorentin, Bruna, & Bizarro, Lisiane. (2012). Meditação na universidade: a motivação de alunos da UFRGS para aprender meditação. Psicologia Escolar e Educacional, 16(2), 307-315. Retrieved July 06, 2014, from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572012000200014&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S1413-85572012000200014.
Menezes, Carolina Baptista, &  Dell'Aglio, Debora Dalbosco (2009). Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicologia: ciência e profissão, 29(2), 276-289. Recuperado em 06 de julho de 2014, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S 14149893200900020 0006&lng=p t&tlng=pt. .
Menezes, Carolina Baptista, & Dell'Aglio, Debora Dalbosco. (2009). Por que meditar? A experiência subjetiva da prática de meditação. Psicologia em Estudo, 14(3), 565-573. Retrieved July 06, 2014, fromhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1413-73722009000300018&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S1413-73722009000300018.
Menezes, Carolina Baptista, Fiorentin, Bruna, & Bizarro, Lisiane. (2012). Meditação na universidade: a motivação de alunos da UFRGS para aprender meditação. Psicologia Escolar e Educacional, 16(2), 307-315. Retrieved July 06, 2014, from http://www.scie lo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572012000200014&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S1413-85572012000200014.


Liliane Ribeiro é naturóloga formada pela Universidade Anhembi Morumbi, especialista em Iridologia e Irisdiagnose. Pós-Graduanda em Acupuntura pela Escola de Terapias Orientais de São Paulo e é estudante da oficina teatral A Ordem do Coas 2014.  

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