Por Ingrid Pierazzo
Nos últimos dias, tal manifestação de afeto vem estimulando dúvidas nesta escritora, sobre quando nasceu o beijo e como ele se tornou tão simbólico. Tão bem visto, praticado
e estimado ato é feito por quase todos os seres humanos da face da terra há muitos séculos.
As mais antigas referências
“beijísticas” aparecem em estátuas de 2500 a.C, em templos da Índia; lá também era
comum mandar beijos aos deuses para reverenciá-los.
Na igreja, era costume os irmãos
beijarem as mãos do padre em sinal de respeito a um membro da igreja, enviado e
representante de Deus. No casamento cristão, para selar a união matrimonial com
bênçãos, era costume que o padre beijasse os lábios da noiva, após o “aceito” - a felicidade do casal dependia inteiramente disso (nada bobo o padre).
Beijo, em latim, significa toque dos
lábios, e é tido como gesto de afeição. Aqui no Brasil,
D. João VI introduziu a cerimônia do beija-mão, na qual beijavam-lhe a mão direita
antes de fazer um pedido. Esse hábito foi mantido por D. Pedro I e D. Pedro II.
O beijo tem questões fortemente antropológicas. Alguns estudiosos dizem que vem do instinto, herança dos macacos que se beijavam sempre e sem diferença sexual. Era frequente para reduzir tensões grupais, acalmar, fazer as pazes e constituir novos círculos sociais.
Em tempos de grande alvoroço e revolução sexual é necessário registrar que tais manifestações driblam pudores e preconceitos, não só na efetivação desta ação, mas pela era que estamos vivendo de comunicação e tecnologia, onde o acesso é livre, sendo possível a realização de uma gama variada de pesquisa em torno de tabus que surgiram entre nós conforme o decorrer dos séculos. Na Antiguidade, era comum para gregos e romanos trocarem beijos entre guerreiros, após o retorno de seus combates. O Kama Sutra ensina mais de 20 formas de beijar.
[Coloquei “Beijo” e “Estimativa” no Google. Veja o resultado da busca:
“você pode estimar que ele dá 200 beijos em cada encontro, se ele se
encontra 2 vezes com sua amada por semana e supondo que cada mês tem 4 semanas,
teríamos 1600 beijos por mês e no ano teríamos cerca de 19200 beijos e se
acreditássemos que eles iriam namorar cerca de 70 anos, teríamos 1344000 beijos”
Uma resposta de
questionários matemáticos de um site de estimativa (http://pir2.forumeiros.com/t23448-calculo-de-estimativa).
OMG!]
E ainda:
- Se você é alguém com medo de beijo
você tem filemafobia e se você é um estudioso sobre o beijo você é um filematologista;
- Dia 13 de abril é o Dia Internacional
do Beijo.
Nesta fotografia de Alfred Eisenstaedt, ao contrário do que todos
pensam, eles não eram um casal. Antes de achar o homem protagonista deste beijo, a moça ai foi encontrada e seu nome era Edith Shain. Foi entrevistada por canais de televisão que promoveram encontros com o suposto beijoqueiro, mas ela não havia reconhecido nenhum. No final foi descoberto o homem: Carl Muscarello. Ele explicou que estava feliz com o fim da guerra e neste dia saiu beijando todas as moças (que excelente pretexto, hein?!)
Representa um momento de doutorado do pintor, onde ele
representava sinais de características biológicas e psicológicas sobre o sexo -
as formas estão definidas por ornamentos retangulares (masculina)
e arredondados (feminina).
Nesta foto (1950) de Robert Disneau, a história é a mais vendida de todos os tempos. Fala-se por aí que a imagem foi registrada espontaneamente por Disneau enquanto este estava sentado, tomando um café. Mas em 1992, o fotógrafo, já indignado pela história espalhada, desmentiu tudo afirmando que, na verdade, tratavam-se de dois
transeuntes que se dispuseram a posar para a foto e, em sinal de agradecimento, lhes
daria uma cópia.
Portanto, não importa sua idade ou sexo... Manifeste seus sentimentos com um beijo!
Ingrid Pierazzo tem 21 anos, é formada em Design e aspirante de
todas as artes. Ela escreve para o AODC Notícias quinzenalmente. Seu blog pessoal vale uma boa visita e é o "tresptos: ... .", sobre sinapses e não conservação mental.
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