29/10/2013

Seu Horizonte




Por Sheila Borges






Sente-se e reflita sobre todos seus anseios.


Aonde você quer chegar?



Parque da Luz - São Paulo



Apreciem e agucem seu olhar!



Sheila Borges é fotógrafa e estudante de Produção Audiovisual, participa de projetos culturais com alguns amigos e é uma grande apreciadora do cinema em geral. Ela escreve para o AODC Notícias quinzenalmente, sempre às terças-feiras. Aprecie fotografias que captam sentimentos, cotidiano urbano e muita arte em Sheila Borges Fotógrafa

28/10/2013

Um retrato sob o olhar de Lucian Freud

 Por Ingrid Pierazzo
 
 
Lucian era neto do alemão Sigmund Freud, filho do arquiteto Ernest Ludwig Freud e Lucie Brasch. Teve irmãos que também deixaram seu legado na sociedade, como na literatura e política. Seu pai veio fugido, para Londres, por causa do movimento antissemitista nazista.
 
 Estudou na Central School of Art,em Londres e na Universidade londrina GoldSmith. Mais tarde teve de ir para o exército, servir como marinheiro, no entanto logo saiu por motivos invalidez.
 
 
 
 
Na volta teve a sua primeira exposição na Lefreve Galerie, em 1944. Fez alguma viagens mais tarde, mas acabou se fixando em Londres definitivamente.
Lucian Freud tem um jeito muito peculiar de retratar. Faz parte de um mistério saber como ele enxerga cada pessoa. Seus retratos não são comuns (não são comuns se tratando da técnica e não são comuns se tratando da sua poética).
Usava uma técnica chamada
água-escura. O que dá ainda mais particularidade ao seu trabalho.
 
Ele retrata as pessoas, ao seu modo de ver, não simplesmente como são fisicamente ou como elas mesmas gostariam de ser retratadas. Lucian é famoso por considerar a sua própria interpretação de cada uma delas em suas representações. Alguns de seus traços ele deixava mais forte, em outros quadros os olhos maiores, em outros dava importância àquilo ou aquilo-outro. Tudo para mostrar, a realidade que ele entendia sobre cada pessoa.

Por parte de seus modelos sempre vinha algum tipo de observação, sobre o modo de LF retratar: “Ele sempre chegava muito perto para observar cada detalhe do rosto”. Seus modelos, numa ocasião dessas, sempre ficavam tensos. Não pra menos! Os rostos dos desenhos sempre tinham uma aparência inquieta e assustada.

Casou-se cedo e teve duas esposas. De quem fez retratos e nunca faltou inspiração. Sua primeira esposa reclamava de sua maneira de retratar. Dizia que não era verídica! No entanto o sucesso de Freud se deu exatamente por essa maneira latente e diferente de representar alguém.
Um retrato: aquilo que, teoricamente ou por julgamento de outras pessoas, deve representar com eficiência a aparência e até mesmo a personalidade (mesmo que superficialmente) do retratado. Só que no caso de Freud ele colocava uma boa dose de si mesmo nesta representação do outro. Suas pinceladas eram fortes, quando havia tela e tinta óleo. Pintava mulheres e homens nas mais variadas posições. Os recebia em seu ateliê e lá eles voltavam por muitas vezes, pois Lucian era um detalhista meticuloso. Não ousava assinar um quadro enquanto não estivesse completo em sua riqueza de minucias.


 


 
 
Atualmente está rolando, no Masp um expo de Lucian Freud: “Corpos e Rostos”. A exposição está muito boa e vale a pena ser vista. Vai de 28 de junho de 2013 a 02 de fevereiro de 2014. Nesta visita vemos fotos de Lucian, por David Dawson. Um fotógrafo bem conceituado, que buscava mostrar toda a dramaticidade do trabalho de Freud.
 




Ingrid Pierazzo, 20 anos, e estudante de design, é apaixonada pelas artes e por todas as formas que a represente e escreve quinzenalmente, toda segunda-feira, para o blog AODC Noticias.



25/10/2013

A fotografia digital

Por Pamela Gomes

Após falarmos um pouco sobre o surgimento da fotografia na nossa história vamos saber como surgiu a fotografia digital que revolucionou a história da foto no mundo, pulando etapas e facilitando muito a vida das captações de imagem, armazenamentos e revelações.


A primeira imagem digital registrada foi de responsabilidade do programa espacial americano, onde a superfície de Marte foi captada em 1965,  pela sonda Mariner4





A RCA criou em seu laboratório o circuito CMOS em 1964.
Em 1969 a Bell Labs desenvolve o primeiro CCD. Sua primeira versão comercial veio em 1973, onde capturava imagens de 0,01 megapixel.


O primeiro protótipo da câmera digital foi criado pela Kodak por volta de 1975, pesando 4kg e gravava suas imagens em uma fita K7. Como a câmera não possuía tela, era preciso reproduzir a fita em um reprodutor portátil ligado a um computador que exibia a imagem em uma tela de TV.


O projeto foi mostrado com o nome de “Fotografia sem Filme” para executivos da Kodak em 1976, mas eles não se interessaram pela novidade, afinal eram os maiores produtores de filmes e produtos químicos do ramo fotográfico.
Acredito que devem ter se arrependido, pois hoje em dia a marca luta para se reinventar justamente por conta do mercado digital.



Mas quem não perdeu tempo foi a Sony que, em 1981, revolucionou o mercado com a câmera digital Mavica, que capturava superes 0,3 megapixels, armazenava 50 fotos em disquetes de 2 polegadas custando em média 12 mil dólares.


Os primeiros modelos populares chegaram no mercado por volta de 1990 e é a sensação até hoje, sendo facilitado a captação de imagens tanto por câmeras digitais como por aparelhos celulares. E as novidades não vão parar por ai, com certeza logo teremos novidades consideráveis nessa era digital que não para de evoluir.


 
Pamela Gomes é formada em Produção Multimídia, trabalha com edição fotográfica e de vídeo, estudante da Oficina de Teatro do grupo “A ordem do Caos” 2013.

06/10/2013

Porque a nudez deve ser castigada?


Por Carol Zanola

Começar a nossa conversa fazendo uma analogia a um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira só pode dar em coisa boa. O grande Nelson Rodrigues, sempre questionou a sociedade, pois mostrou em suas obras às tragédias cotidianas, os pecados e o nossos desejos mais profundos e secretos. Algumas de suas peças chegaram a ser censuradas e o autor foi chamado por alguns de imoral e pornográfico, mas também um gênio. E se alto intitulou como “O anjo pornográfico”. Os textos de Nelson exploram com ninguém a principal mídia do ator, o seu próprio corpo.

O retrato de Rose, feito por James Cameron, no filme o Titanic.

 A palavra mídia foi criada a partir do “aportuguesamento” do inglês "media", para definir a função, o profissional ou o ato de planejar, desenvolver, pensar e praticar mídia, nos meios de comunicação. A primeira mídia que utilizamos é o nosso próprio corpo, o chamamos de mídia primária. Quando duas pessoas se encontram existe uma intensa troca de informação, e, portanto um intenso processo de comunicação por meio de inúmeros vínculos, relações, conexões e linguagens.

O nosso corpo é de uma riqueza comunicativa incalculável, pois ele nos denuncia/alerta em muitos momentos do nosso dia, seja pela mudança de temperatura, pelas letras doces de uma canção ou em momentos mais íntimos.

Para o ator, o corpo é o principal instrumento de trabalho, pois é com o próprio que o mesmo vai aguçar outros corpos e demonstrar tudo o que o seu personagem está sentido e vivenciando. Muitas vezes pela arte, pelo personagem, pela cena, o ator deve subir no palco e vestir uma pele que bate de frente com a tal “moral e os bons costumes”, a nudez.
Despir-se é quebrar um tabu que a sociedade nos impõe e nos “mostra” o que é certo, mesmo que seja para uma parcela da população. O que é imoral e vai contra o que o ser deveria acreditar é que ações desse tipo sejam ainda uma notícia e até um tema para a sociedade da informação, ou seja, mostrar o seu corpo ainda é uma notícia. E me pergunto por que todo esse julgamento? Você veio ao mundo como? Toma banho como?


Não se esqueça nunca, o seu corpo é todo seu!



Trecho da música “Corpo de Lama” - Cássia Eller


“Este corpo de lama que tu vê

É apenas a imagem que sou”





Carol Zanola é assistente de arte. Tem formação superior em Produção Multimídia. Apaixonou-se logo cedo pelo cheirinho de jornais e revistas e nunca dispensa um belo café. Estudante da Oficina de Teatro 2013, do grupo A Ordem do Caos.

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