Por Alberto Iszlaji
No último dia 24 de setembro, durante o Monday Night Football (MNF), o jogo entre Green Bay Packers e
Seatle Seahawks teve uma das maiores controvérsias dos últimos anos na NFL
(National Football League). Em seu minuto final, um passe feito pelo
Quarterback (QB) do Seahawks Russell, Wilson, lançou a bola para a endzone e seis
jogadores a disputaram; num primeiro momento, os juízes marcaram touchdown
(TD) para os Seahawks. Porém, como todo TD é revisado, ficou a expectativa
para tentar entender melhor o lance. Com isso, a transmissão da TV passava a repetição desse instante de vários ângulos, deixando claro que não foi TD, e sim uma interceptação do defensor
dos Packers (interceptação é quando o jogador do time defensivo toma a bola, no
caso, como foi dentro da endzone, seria marcado touchback para o Packers). Mas quando os árbitros voltaram da revisão, ao invés de marcarem a interceptação, deram TD para o Seahawks e, portanto, a vitória foi deste time, por 14 a 12.
Se assistirmos às
imagens, além de não ter sido TD, houve uma falta para os Packers, pois um
dos defensores que disputava a bola foi empurrado pelo Golden Tate jogador do
Seahawks. Na regra da NFL isso é interferência. Assim, a jogada deveria ter
acabado ali, já que, sendo falta, não é passível de revisão. Dessa forma, não há como voltar atrás.
Essa confusão toda se
instaurou desde o início da temporada, quando os juízes oficiais da NFL estavam
em greve e, no lugar deles, estavam árbitros reservas. Esses homens
trabalhavam em ligas menores, muitos deles na segunda divisão do
College Football, que é o futebol americano universitário. Logo, não têm experiência para trabalhar na NFL, já que a pressão em cada jogo é muito
grande. Nas palavras de Paulo Antunes, comentarista da NFL na ESPN, “cada jogo
é um mini superbowll”, e a confusão que eles fizeram na segunda-feira passada só
evidenciou uma reclamação antiga: eles não estão
preparados para essa função. Até então, presenciamos vários erros cometidos
por eles, entretanto nenhum havia influenciado o resultado final da partida como
ocorreu com o Packers e o Seahawks.
Ao longo da semana observou-se uma pressão enorme nas rede sociais, nas rádios e TVs para que os
organizadores da NFL resolvessem o impasse e retornassem com os árbitros
oficiais. Na manhã da última quinta-feira, isso resultou no fim da greve. Mesmo com esse retorno tardio dos árbitros, ou “zebras”, no jargão dos
fãs de NFL, a imagem da liga ficou manchada, pois sempre foi um dos “slogans”
da NFL ser uma das mais íntegras, na qual os resultados eram justos. Para se ter uma ideia, este foi um
dos primeiros esportes a utilizar o replay como forma de rever jogadas e até
mesmo voltar atrás em uma marcação duvidosa.
Como puderam permitir que
uma liga que lucra tanto por ano com produtos, direitos de transmissão na TV,
propagandas, tivesse uma greve por aumento salarial que manchasse a sua
imagem no mundo? Aficcionados pelo Green Bay Packers ficaram revoltados e a repercussão foi enorme. Agora, fica a pergunta: será que as zebras oficiais
poderão recuperar a confiança de que os resultados dos jogos são, de fato,
justos? Esperamos que sim, pois uma liga tão interessante, tão estratégica, que
arrasta fãs no mundo todo, não pode perder esse brilho. Finalmente pagaram as
zebras.
Alberto Iszlaji é historiador e professor. Atualmente está mestrando em Comunicação na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, com uma pesquisa sobre a Comunidade Alemã no Estado de São Paulo. Além disso, é baterista, ama rock e colabora com o AODC Notícias todas as quartas-feiras.
por isso sou Cowboys..
ResponderExcluirGO GO DALLAS COWBOYS
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSeja bem vindo ao AODC notícias e ao A Ordem do Caos. Parabéns.
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