Por Antonio Kisters
Como todos nós percebemos, temos diferenças entre si. Mas o
que são as diferenças? Cada um de nós somos indivíduos, únicos e capazes de
tomar nossas próprias decisões, independentemente de serem boas ou más
escolhas. E as diferenças são exatamente o que nos torna este ser único. Não
existem pessoas idênticas, mesmo os gêmeos siameses têm estas diferenças no
modo de pensar ou em alguma decisão a tomar. Claro que temos muitos grupos na
sociedade que tem pensamentos semelhantes e até defendem uma causa, como buscamos
aqui no próprio grupo A Ordem do Caos. Mas é exatamente esta diferença que faz
com que qualquer grupo seja forte. Cada pessoa que tem uma facilidade com
determinada tarefa, diferente de outras que tem qualidades e defeitos diversos,
mas se juntarem as qualidades preenchendo as lacunas dos defeitos e o
pensamento ou a meta for a mesma, então o grupo se torna forte. Como um
organismo que tem vários órgãos para manter-se funcionando, articulações e
músculos para se movimentar, e por ai vai.
Da mesma forma que é bom conviver com as diferenças tem os
incômodos do mesmo tipo de relação. Nem todos gostam de compartilhar
experiências que as fazem sentir algo fora de seu contexto. A diferença causa
desconforto por ir contra nossos pensamentos. Quem gosta de sair de sua zona de
conforto? Masoquista?! Brincadeiras a parte, temos o mau hábito de negar às
diferenças, as novas experiências, as novas idéias, os novos desafios.
Tivemos nos últimos meses vários movimentos. Em todos eles, existiram
pontos fortes que uniram as pessoas em prol de algo melhor ou que, pelo menos, prometia ser. As diferentes mentes se juntaram para dar força aos movimentos,
buscando até mesmo base jurídica para o sucesso dos argumentos. No decorrer
outras diferenças se somaram trazendo a ideia de chamar a atenção, seja da
mídia, seja do governo, acreditando que infringindo com o bem público e o bem
privado isto seria a favor. Mas vimos que as diferenças também estão presentes
nos que sofreram, nos que assistiram, nos que foram atacados, nos que fizeram a
patrulha, nos que reportavam e fez com que toda uma idéia ficasse desfigurada e
criasse um campo de guerra. Não tenho a intenção de culpar ninguém, mas é
inegável que as diferenças, quando mal trabalhadas, causam o caos.
Como lidar com as diferenças? Não é fácil isto, pois é um
problema do ser humano, mas algumas coisas ajudam, como aprender a ouvir, a
falar, a ser paciente, a não subjugar, a ter bom senso de justiça. Precisamos
aprender sempre, não somos perfeitos e falta humildade para reconhecermos isto.
Mas não é bom começarmos de alguma forma? Então mãos à obra e vamos dar uma
chance a nós mesmos!
Antonio Kisters é projetista civil e ator no
grupo teatral A Ordem do Caos, além de que começara a cursar Engenharia Civil em
2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual sua opinião sobre o post? Comente, abra discussões, critique, elogie. O AODC Notícias é o seu espaço.