06/11/2013

Diferenças

Por Antonio Kisters


Como todos nós percebemos, temos diferenças entre si. Mas o que são as diferenças? Cada um de nós somos indivíduos, únicos e capazes de tomar nossas próprias decisões, independentemente de serem boas ou más escolhas. E as diferenças são exatamente o que nos torna este ser único. Não existem pessoas idênticas, mesmo os gêmeos siameses têm estas diferenças no modo de pensar ou em alguma decisão a tomar. Claro que temos muitos grupos na sociedade que tem pensamentos semelhantes e até defendem uma causa, como buscamos aqui no próprio grupo A Ordem do Caos. Mas é exatamente esta diferença que faz com que qualquer grupo seja forte. Cada pessoa que tem uma facilidade com determinada tarefa, diferente de outras que tem qualidades e defeitos diversos, mas se juntarem as qualidades preenchendo as lacunas dos defeitos e o pensamento ou a meta for a mesma, então o grupo se torna forte. Como um organismo que tem vários órgãos para manter-se funcionando, articulações e músculos para se movimentar, e por ai vai.

Da mesma forma que é bom conviver com as diferenças tem os incômodos do mesmo tipo de relação. Nem todos gostam de compartilhar experiências que as fazem sentir algo fora de seu contexto. A diferença causa desconforto por ir contra nossos pensamentos. Quem gosta de sair de sua zona de conforto? Masoquista?! Brincadeiras a parte, temos o mau hábito de negar às diferenças, as novas experiências, as novas idéias, os novos desafios.
Tivemos nos últimos meses vários movimentos. Em todos eles, existiram pontos fortes que uniram as pessoas em prol de algo melhor ou que, pelo menos, prometia ser. As diferentes mentes se juntaram para dar força aos movimentos, buscando até mesmo base jurídica para o sucesso dos argumentos. No decorrer outras diferenças se somaram trazendo a ideia de chamar a atenção, seja da mídia, seja do governo, acreditando que infringindo com o bem público e o bem privado isto seria a favor. Mas vimos que as diferenças também estão presentes nos que sofreram, nos que assistiram, nos que foram atacados, nos que fizeram a patrulha, nos que reportavam e fez com que toda uma idéia ficasse desfigurada e criasse um campo de guerra. Não tenho a intenção de culpar ninguém, mas é inegável que as diferenças, quando mal trabalhadas, causam o caos.

Como lidar com as diferenças? Não é fácil isto, pois é um problema do ser humano, mas algumas coisas ajudam, como aprender a ouvir, a falar, a ser paciente, a não subjugar, a ter bom senso de justiça. Precisamos aprender sempre, não somos perfeitos e falta humildade para reconhecermos isto. Mas não é bom começarmos de alguma forma? Então mãos à obra e vamos dar uma chance a nós mesmos!



Antonio Kisters é projetista civil e ator no grupo teatral A Ordem do Caos, além de que começara a cursar Engenharia Civil em 2014.

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