Por Ingrid Pierazzo
Mônica é uma artista maravilhosa. É pintora, gravadora,
desenhistas e formou-se em artes plásticas pela Faap, em 1983. Hoje mônica tem
uma boa direção de seu trabalho, pois escolheu o que gosta mesmo de fazer!
Os primeiros trabalhos de Mônica tiveram muito uma
perspectiva minimalista e combinada com as configurações de um alguns
filósofos, que só depois da mesma ter ido fazer seu mestrado é que pode
entender.
A partir daqui veremos seus trabalhos mais recentes, que foi
onde Mônica conseguiu se achar como artista! Mesmo assim... Com estilos muito
diferentes, uma coisa ela nunca perdeu: a repetição, a padronagem! O que não só
apenas surgiu em sua vida, foi a LUZ das cores!
Em seus primeiros trabalhos sempre houveram uma qualidade
inegável, mas ela sempre obtinha as mesmas falas de críticos de arte: “É um
trabalho bem denso, né? Coisa de homem...Tá de parabéns mais uma vez, Mônica”.
Coisa de homem? Que mundo é esse onde um trabalho maravilhoso é “identificado”
como de caráter masculino. É uma obra! Isso independe. Uma crítica de arte não
pode entrar em conceito de sexos. Primeiro porque sua obra não faz menção a
isso e segundo, porque é muito pífio analisar a grandeza de seus primeiros
trabalhos, fazendo uma relação direta com a figura do homem.
De qualquer forma, Mônica esteve pensando em mudar seu
estilo de trabalho, não só por querer, mas por pensar na necessidade de
deixá-lo com um ar mais “feminino”.
Neste já podemos ver a mudança de traços acontecendo. O
traço passando a ser mais colorido e “feminino”.
Mônica, em seu novo olhar, sobre suas próprias peças começa
a tomar como referência Van Gogh, Monet e Picasso. O que me fez escolher esta artista foi sua a sua
próxima fase:
Ela começa a fazer um trabalho divino com estamparia que
costumo dizer que é “compartilhada”. Mônica fez questão de aprender com
grafiteiros e começar a aplicar em sua arte técnicas de estêncil, que é o que
dá mais fluência de renda e olhar para o Jardim Miriam!
A arte não e aquela inflamada, que só existe da Europa,
Paris... Arte é aquela que atinge a classe mais humilde. Atinge quem não pode
chegar a lugares distantes. Arte é aquela para todos. Onde todos podem dar sua
ajuda e cooperação.
Mônica e outros artistas fundaram uma associação chamada
Jamac. Esta associação era um coletivo onde muitos tinham oficinas de arte em
geral. Havia, entre estas, oficinas de desenho. Nas oficinas de desenho tinha sempre
aquele colaborador que inscrevia trabalhos no Anima-Mundi, e foi de lá que
saíram alguns prêmios para o coletivo.
A partir daí seus próximos trabalhos só eram feitos para os
bairros mais carentes, recolhendo muitos adolescentes de vidas que poderiam
torná-los quem não deviriam ser. Seu trabalho salvou muitos jovens da vida do
tráfico e das ruas.
Seu olhar sobre arte é diferente daquele de muitos artistas.
Não pretendia, com estes novos trabalhos, que eles fossem só para grandes
exposições. Pretendia que eles atingissem quem não podia chegar até ele. A boa
arte deve ser esta de que capta o público geral, o proletariado.
Mônica Nador faz de seus trabalhos uma autoria
compartilhada! Uma arte democrática e de valor humano!
Referências:
Ingrid Pierazzo, 20 anos, e estudante de design, é apaixonada pelas artes e por todas as formas que a represente e escreve quinzenalmente, toda segunda-feira, para o blog AODC Noticias.
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