Já
parou para pensar que você é peça fundamental para montar o quebra-cabeça da
vida no Planeta Terra?
Há
muitas gerações o ser humano enxerga a natureza como objeto, aproveitando todos
os recursos naturais que podem ser retirados do meio ambiente para benefício
próprio, e na maioria das vezes, além das necessidades básicas. Infelizmente, a
situação ambiental atual mostra que esse pensamento está equivocado. O Homo sapiens é apenas mais uma espécie
dentre todos os seres vivos neste planeta e compartilhamos da mesma fonte. Portanto, acabar com o meio ambiente é autodestruição a longo prazo!
Com a escassez dos recursos naturais, estamos
sentindo na pele a resposta da natureza em relação à atitude indiscriminada da
sociedade humana. Mas o que realmente será bom para as gerações futuras? Como
podemos melhorar o planeta para nossos filhos? O que podemos fazer para
consertar o que as gerações anteriores fizeram de errado? Ou melhor, o que
podemos fazer para consertar o que nós ainda fazemos de errado? Buscando
respostas para essas e outras perguntas, com a necessidade de mudar a maneira
como pensamos e vivemos, a Carta da Terra surge para nos desafiar a examinar nossos
valores e a escolher um caminho melhor. Mas o que é esta carta?
“A Carta da Terra é
uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século
21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar
todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade
compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande
comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um
chamado à ação.” (Comissão da Carta da Terra).
Precisamos
entender que as mudanças do mundo começam pelas ações individuais. Não podemos
esperar que elas cheguem até nós, enquanto culpamos o governo e os vizinhos
pelo o que acontece.
Vivemos
na era do consumo, onde tudo parece extremamente necessário e ao mesmo tempo
descartável. Quantos sapatos você tem? Quanto tempo você fica no chuveiro vendo
a água ir pelo ralo? Quantas horas seu computador fica ligado sem você estar
usando? Você prefere alimentos frescos ou industrializados? Já parou para
pensar que alimentos industrializados utilizam mais embalagens? Quanto lixo
você produz por dia? Saberia me dizer quanto você pode reduzir esse lixo,
apenas mudando sua alimentação? Provavelmente você nunca se questionou sobre
isso. Devemos começar a refletir sobre esses pequenos hábitos, nos perguntarmos sobre a
influência de nossas ações na sociedade e o quanto podemos melhorar ou piorar a
situação atual. O quanto somos danosos ao meio ambiente e às pessoas a nossa
volta? Qual a minha real contribuição para as futuras gerações? Somos pequenas
peças que precisam encaixar seus pensamentos para consertar o que está errado e
reeducar nossos hábitos e nossos pensamentos diante da vida.
Independente
de qual forma de vida, o indivíduo tem um papel
importante a desempenhar. O primeiro passo é reconhecer que cada ser vivo tem
seu valor e estamos todos interligados, independente de sua utilidade para
o ser humano. Precisamos compreender e aceitar que temos o direito de utilizar
os recursos naturais, mas com isso vem a responsabilidade de administrá-los de
forma consciente e impedir danos irreversíveis ao meio ambiente e à nossa
própria espécie.
Precisamos
renovar nossos pensamentos e por meio das artes, ciências, religiões,
instituições educativas, meios de comunicação, empresas, organizações não-governamentais e do governo, introduzir uma nova forma de vida, onde passamos a
enxergar que o ser humano faz parte do meio ambiente e os recursos naturais são
finitos, de modo que a utilização consciente e cautelosa é necessária.
Daniela Pedroso é bióloga, está cursando pós-graduação em Biologia Molecular, é membro do grupo teatral A Ordem do Caos e colabora com o AODC Noticias todas as quartas-feiras, com matérias sobre Ciência e Meio Ambiente.
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